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Terça-feira, 19.07.11

independencias e interferencias

Independências e interferências
Por Joaquim Escoval

Independências e interferências<br>Por Joaquim Escoval<br>O que realmente os incomoda é que haja trabalhadores da Autoeuropa que se organizam e reúnam a nível partidário como se isso não fosse um direito constitucional.
O que os incomoda é que trabalhadores da Autoeuropa frequentem cursos de formação ideológica como se isso não acontecesse em todos os partidos, pelo menos nos que tem ideologia, veja-se as “universidades de verão” do PS ou do PSD.

Num mundo globalizante em que a inetrdependencia impera entre tudo e entre todos há um oásis de autonomia pura ,límpidas , transparente, branca mais branca não há.
È pelo menos isso que procuram fazer-nos crer quando alguns escrevem sobre a CT da Autoeuropa como é o caso dos textos publicado pelo Rostos versando esta CT e a interferência partidária.
Importa sacudir a areia dos olhos e mirar o oásis com uma visão mais clara.
Quem tanto apregoa a independência face a partidos não é o mesmo que foi deputado Eleito pelo bloco de esquerda?
Não é a mesma pessoa que afirmou por várias vezes que o BE tem um projecto sindical alternativo?
Não é o mesmo várias vezes convidou membros da CT e da CS da Autoeuropa para almoçar em restaurantes próximos da Autoeuropa com delegações do BE chefiadas pelo seu secretário geral?
Não é ainda a mesma pessoa recebeu ao portão principal da AE logo ás 7 da manhã o Francisco Louçã no dia da greve geral mesmo a tempo de aproveitar o mediatismo da vinda de Manuel Carvalho da Silva secretário geral da CGTP e falando pelos cotovelos quando havia participado na decisão que o porta voz seria o coordenador da CS , Faleiro, já que a greve geral era de iniciativa sindical?
Não faz parte sempre da mesma lista com o mesmo núcleo duro de pessoas do BE?
Não participou em anos transactos na marcha pelo emprego promovida pelo BE?
Quem pode acreditar que nestas e em muitas outras ocasiões não tenha ouvido ou emitido opiniões e não tenha tentado alinhar estratégias e tácticas de acordo com os interesses e calendário do partido a que aderiu?
Acreditar que haja quem acredite que assim é difícil muito difícil ,mas parece que há quem consiga pelo menos, na Faurecia e na Benteler.
Tanta coisa merecedora de reparos que há por esse mundo e estes articulistas do Rostos parecem não ter outra preocupação que não atacar o PCP quese preocupa contudo em organizar os trabalhadores, informá-los assiduamente, aumentar-lhes a força para poderem resistir melhor a esta brutal ofensiva do sistema capitalista.
Ou haverá alguém que no seu perfeito juízo ache que sozinho consegue vencer este sistema que hoje impera no mundo e que nos faz a vida tão negra?
Podiam escrever sobre as guerras que grassam no mundo, o avanço da SIDA, da exploração infantil, do desemprego, da fome que mata milhões, das desigualdades sociais que se acentuam a cada dia que passa, a falta de acesso á educação, á saúde á justiça por parte de muitos milhões de humanos e até sobre coisas mais caseiras, aperda do poder de compra dos trabalhadores da AE,e aumento da precariedade que se sente na empresa.

Mas não.
O que realmente os incomoda é que haja trabalhadores da Autoeuropa que se organizam e reúnam a nível partidário como se isso não fosse um direito constitucional.
O que os incomoda é que trabalhadores da Autoeuropa frequentem cursos de formação ideológica como se isso não acontecesse em todos os partidos, pelo menos nos que tem ideologia, veja-se as “universidades de verão” do PS ou do PSD.
Ainda por cima mentem quando tentam adivinhar a frequência desses cursos bem menor com o que apregoam.
O que os incomoda ainda é que trabalhadores da Autoeuropa publiquem regularmente as suas opiniões e as façam distribuir aos trabalhadores muitas vezes trazendo á luz do dia resultados da empresa que até deveriam ser usados para justificar a mobilização dos trabalhadores para reinvindicar aumentos de acordo com o aumento da riqueza ,da poupança e das expectativas de futuro geradas e outras situações que se não fosse desta forma não chegariam ao conhecimento publico, já que alguns preferem tratá-las no silêncio dos gabinetes.
O que os incomoda é que haja trabalhadores que tem a consciência e lutam coerentemente não contra as empresas, não contra as chefias, não contra pessoas mas contra politicas e contra o sistema capitalista.
O que os incomoda é que semanalmente os trabalhadores se possam juntem não “para serem arrebanhados para irem para instalações partidárias para lhes fazerem a cabeça” mas para falar do que calhar em torno duma qualquer bebida ou petisco nas “gordas” na Portagem, na Vilas da Serra, na Penalva, noutro qualquer bar dos muitos frequentados pelos trabalhadores da AE sempre ás claras sem qualquer opacidade ou paranóia.
Que dizer duma pessoa que no seu texto diz que a lei proíbe que os dirigentes sindicais sejam dirigentes partidários exactamente para evitar a promiscuidade entre partidos e sindicatos e no entanto apresentou um abaixo assinado com 12 assinaturas á direcção do seu sindicato a exigir ser eleito para o conselho nacional da CGTP sabendo todos nós que era ou acabava de ser e ainda poderá voltar a ser deputado pelo BE ?
Parafraseando essa pessoa diria que “é mau , muito mau mesmo”.
E a esta promiscuidade a que se refere só é válida para os sindicalistas , ele também é delegado sindical, ou também serve para quem trabalha nas CT´s.
Terão estas estruturas alguma espécie de imunidade a que os sindicatos não conseguem escapar?
Em democracia temos de aceitar que quem quiser emita as suas opiniões sejam elas quais forem.

Um capitão de Abril até disse um dia” a asneira é livre em Portugal”.
Temos de aceitar até que trabalhadores se preocupem com outros trabalhadores que preferem lutar, discutir, decidir e actuar de uma forma mais organizada e mais colectiva.
Se outros preferem achar que pensando sózinhos pensam melhor, que assim interpretam e representam melhor os interesses da classe a que pertencem tudo bem na mesma. Tudo é aceitável “na boa”
Agora que nos tentem comer por parvos é que não, calar cada vez que alguém se lembra ,e lembram-se muitas vezes de atacar só um lado da barricada, e logo o lado onde naturalmente deviam estar é que não.
Como diz o ditado popular “bem prega o frei Tomás, faz o que ele diz não faças o que faz”

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por guerrilheiro às 16:17


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