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Guardando coisas


Quarta-feira, 14.03.12

Por que no te callas?

Por que no te callas? Estou quase convencido que aquela proposta não tem mesmo nada que se aproveite. Literalmente mesmo nada. Alguns ainda descobrirão que os 15% de brinde com que os querem comprar são pelo menos algo de positivo, mas não passam da cenoura com que se engana o burro pouco importando em que ponta do animal a colocarem. A completa inutilidade e dos malefícios de advirão às populações se uma tal lei de reorganização do território, extinção das freguesias melhor dizendo, for implantada cimentou-se ainda mais quando na Assembleia Extraordinária do Barreiro ouvi pacientemente o caudaloso palavreado do deputado nacional e municipal Bruno Vitorino, defensor acérrimo da proposta gerada por Miguel Relvas e aprovada pelo conselho de ministros PSD/CDS . Estranha busca de ideias, propostas e alianças faz este jovem bem falante e melhor vestido quando inicia as suas intervenções adjectivando e provocando mesmos aqueles que lhes poderiam dar o suporte parlamentar que apregoam procurar .Uns porque , diz serem imobilistas, outros por que são da extrema esquerda, outros porque assinaram o acordo com a troika, esquecendo que o PSD e o CDS tambem o assinaram e concordaram e se vangloriam de o estar a ultrapassar em muito. A todos o jovem deputado critica agressiva e fartamente, não se percebendo como pode tal atitude recolher algum retorno positivo. Enquanto esgotava no seu afã os dez minutos regimentais os meus níveis de tolerância iam reduzindo drasticamente e à memória ocorreu-me a célebre frase que o rei vizinho atirou ao presidente venezuelano. Contive-a por respeito á instituição e às suas normas, mas lá que apetecia gritá-la, apetecia. Então o palavroso deputado não dizia que a ultima reorganização territorial havia sido há 150 anos quando 4 freguesias do Barreiro foram constituídas em 1995?E não reconhecia que a lei por que dava a cara não geraria beneficios financeiros nem pouparia em instalações, equipamentos ou pessoal já que, garante ele e eu não acredito, tudo se mantem ainda que queiram que algumas Juntas de Freguesia sejam transformadas em delegações de outra? Então o homem não acredita que aumentando a área e o numero de fregueses e diminuindo o numero daqueles que eleitos podem dirigir os destinos da freguesia se aumenta a relação de proximidade com as pessoas que é tão cara entre nós? Quer a criatura, alcandorada a deputado nacional e local, que acreditemos que com menos eleitos no executivo das Juntas de Freguesia e com estas muito maiores e mais populosas, se pode prestar um melhor serviço à população , isto apesar da quase nula presença de eleitos a tempo inteiro ou a meio tempo e das míseras compensações que estes recebem pela sua abnegada actividade. Ainda assim as outras bancadas partidárias apelaram para que todo aquela certeza se materializasse em propostas concretas.”- Ora diga lá, já que foi o seu partido que requereu esta sessão, com que Juntas de Freguesia, quer acabar no Barreiro?” Insistiram uma e outra vez e nada , a profusão de palavras deu lugar ao silêncio e do deputado não se extraiu uma proposta que fosse .Seria impreparação , calculismo político ou simplesmente medo de assumir as reais consequências da propostas do governo PSD/CDS tentando que outros assumam o mal que eles querem fazer? Ao invés de dizer concretamente que Freguesias do Barreiro pretendem extinguir cedeu a palavra ao parceiro do lado para lhe permitir dizer que não ouvira falar das defesa das populações e que parecia que se estava perante uma acção de auto preservação do poder. Teria estado a dormir pensei eu já em voz alta? Por que não acordam ? Porque não se calam? Porque não ouvem o país, as associações nacionais de freguesias e dos municípios? Porque não ouvem o que decidiram todas as Assembleias de Freguesia do Barreiro e a própria Assembleia Municipal deste concelho? A postura autista mas ruidosa que assumem não os impedirá contudo de ter de ouvir o país real, que parece desconhecerem, já no ultimo dia de Março quando as freguesias, os seus habitantes, as suas organizações e instituições se encontrarem Lisboa para demonstrarem que existem e querem continuar a existir, para bem de todos nós.

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por guerrilheiro às 11:15

Domingo, 05.02.12

Tres tristes tretas

Três tristes tretas. Se outras razões não houvesse só a frieza dos números bastaria para tornar incompreensivel a opção do governo em iniciar a, por ele chamada, reforma do poder local justamente pela alteração do modelo das freguesias. Foram claras e indesmentidas as afirmações feitas na Assembleia Municipal do Barreiro na reunião extraordinária que efectuou para debater as pretensões governamentais condensadas no celebre livro verde, que o poder local com 10% do capital efectuou 45% do investimento e de que 99,3% da divida nacional compete ao poder central sendo que só os restantes 0,7% são da responsabilidade do poder local. Como poderá ser compreensível para alguém que se queiram resolver problemas trabalhando nesta ultima e ínfima percentagem enquanto não se beliscam os verdadeiros problemas que radicaram na divida do poder central? Mas parece que alguém acredita nisto ou pelo menos quer fazer com acreditemos que acredita., nisso e em muito mais. O srº deputado Bruno Vitorino parece ser dos que crê e às coisas que outros não crêem chamam-lhes mitos, intoxicações, mentiras. Afinal o documento verde nada diz daqueles”mitos” com que andam a intoxicar as pessoas .Serão mitos mesmo? Alguém poderá acreditar que neste país, nesta exacta época em que vivemos , e onde ainda no próprio em que decorreu a Assembleia Municipal, um governante veio proclamar que as novas listas de excedentários da função publica serão publicadas brevemente, que de três juntas se faça uma para poupar recursos materiais e simultaneamente se possam manter os mesmos recursos humanos? Junta-se tudo num sitio, fotocopiadoras, computadores, carros e demais máquinas racionalizando os meios e a nova junta passa por outro lado a acumular o somatório dos funcionários que trabalhavam nas três que lhe deram origem . Alguém pode acreditar ou é mesmo treta como lhe um deputado municipal da CDU? Pode-se acreditar que se em três juntas actuais existem 15 eleitos nos executivos e estes passariam a 5 se as juntas se fundissem numa só e, por mais competentes que estes sejam, possam fazer melhor trabalho que os antecessores? Até poderia remotamente acontecer mas, e as populações que ganhariam com isso? Acaso alguém que agora atravessa a rua para tratar de um assunto na junta e depois veja a mesma deslocada para uma distancia razoável obrigando ao uso de transportes que até podem ser difíceis, escassos e caros ganhará alguma coisa? Ser-lhe-á mais económico e mais fácil tratar do assunto ainda que isso não traga qualquer vantagem a ninguem? E o executivo da junta que para analisar um problema ou uma obra se tinha de deslocar numa distancia e teria de passar a efectuar o triplo do percurso terá tambem de alguma vantagem? Alguém pode acreditar que não levará mais tempo, gastará mais combustível, nem deixará por essa via de ter tempo para dedicar a outras tarefas necessárias e inerentes ao exercício da função para que foram eleitos ? Alguém acreditará que esse mesmo executivo, triplicando a área e o numero de habitantes sob a sua alçada, não terá de se escudar em mais profissionais que no terreno lhe assegurem o bom andamento dos trabalhos onerando ainda mais os custos com pessoal? Será mesmo mito ou treta no dizer da CDU? Cerca de 2000 membros de Juntas e Assembleias de Freguesias não acreditaram na bondade deste documento e rejeitaram-no. No Barreiro, tal como um pouco por todo o país tambem o mesmo foi rejeitado pelos presidentes actuais de Junta que não aceitaram a chantagem de receber mais dinheiro se concordarem com a s pretensões governamentais. As populações terão agora uma palavra a dizer na defesa da sua história, da sua cultura e qualidade de vida que este poder local lhes proporcionou.

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por guerrilheiro às 23:22


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