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Sexta-feira, 22.07.11

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Quiseram os decisores políticos, da oposição ao governo actual, deste país que fossemos para eleições a fim de escolher um novo conjunto de deputados á Assembleia da Republica.

Do resultado eleitoral sairá, como consequência, um novo governo não necessáriamente composto por algum dos deputados eleito se chefiado muito provavelmente por um dos actuais liders partidários. São estes liders que nos enchem a casa e espaços públicos como se nós fossemos votar neles. A imprensa contribui de forma decisiva para que assim acreditemos pois só a eles segue e só das suas intervenções e aparições faz eco.

Mas as eleições são para a Assembleia da Republica, para eleger os mais de 200 deputados que a compõem e cada um de nós tem o direito de votar de entre o conjunto de cidadãos que se candidataram pelo seu distrito e só por ele.

Levados por todos os artifícios que a comunicação social  e as máquinas partidárias nos enredaram acreditamos no momento do voto que vamos votar num dos liders partidários  o que só é rigorosamente verdade se ele for candidato cabeça de lista ou não pelo distrito onde vivemos e exercemos o nosso direito de voto.

O António Maria, um muito amigo meu e daqueles que de parvo nada tem costuma fazer assim: no dia das eleições chega á mesa de voto e desafia os membros da mesa da seguinte forma:”-Pago um almoço a vocês todos se algum me souber dizer já quem é o segundo nome da lista do vosso partido aqui pelo distrito.”

O António Maria ainda não pagou almoços a nenhum membro das mesas eleitorais, ganhou todas as apostas.

Levam-nos a pensar o que querem que pensemos, focalizam-nos  muitas vezes em coisas que nem verdades são e esquecemos na hora de votar em quem verdadeiramente o fazemos. Nem nos damos conta que quem se perfila para primeiro ministro nem sequer se candidata por Lisboa mas por Vila Real no caso dos Passos Coelho e pela Castelo Branco no caso de José Sócrates .

Votar pensando que neles votamos não é assim um voto tão consciente como se o fizéssemos para os candidatos para o distrito e conhecendo claramente quais as ideias que defendem para o desenvolvimento do mesmo e das pessoas que nele habitam.

No nosso subconsciente pesará sempre o facto de sabermos  que algum desses liders sendo candidato por onde for acabará por ser nomeado para primeiro ministro e é isso que decidimos no momento do voto .È isso que querem que pensemos mas não é mesmo assim e é por não ser assim que o António Maria continua a ganhar as suas apostas.

Quantos de nós  e dos muitos eleitores que nos rodeiam estaríamos capazes de aceitar e ganhar o repto do meu amigo António Maria e finalmente faze-lo pagar os almocitos?

 

Barreiro, 30 de Maio de 2011-05-30

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por guerrilheiro às 08:13



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