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Guardando coisas



Sexta-feira, 22.07.11

Paleta de cores

 

De repente  surgem perante nós constelações de cores que nunca ousáramos suspeitar que existiam. O mundo tem afinal mais tonalidades que o branco e negro com que alguns o querem ver e mesmo o cinzento que alguns agregam a esta magra paleta.

Uma muito recente saída do país veio reavivar essa realidade e bastaram poucas horas após o regresso a Portugal para a confirmar.

Quando responsáveis sindicais europeus e sul americanos saúdam calorosamente os resultados da longa luta de 35 dias de greve que os trabalhadores da VW em Curitiba levarama cabo motivados pela indignação de terem diferenças salariais de cerca de 90% em relação aos seus colegas de Tabuaté o branco fica mais branco.

Quando se denuncia que empresas que nuns locais manifestam preocupações sociais e até por isso galardoadas, mas que noutros locais serviam aos seus trabalhadores as refeições em  pratinhos espalhados pelo chão ou lhes pagam salários que nem dão para sobreviver o negro fica ainda mais escuro.

E quando assistimos a proprietários de grandes empresas multinacionais  a discursar por ocasião das comemorações do aniversário do sindicato alemão IGM tecendo a este rasgados elogios e levantando-se como todos os presentes , sindicalistas ou não, para  cantar alegremente a “Internacional”o cinzento surge como maior claridade.

Interrogo-me com que outros cinzentos poderia decorar as afirmações do mais alto representante dos trabalhadores quando ao descrever aos seus congéneres a situação da empresa dizia sempre” não sou eu que o digo é a empresa” ou tambem a intervenção despropositada de um outro representante dos trabalhadores, este nacional e agora não sindicalista, afirmando que há sindicatos que são demasiado exigentes com os patrões.

De Curitiba a Portugal passando pela Alemanha vai todo um mundo de diferenças que nos fazem refletir entre as diversas tonalidades, das formas de ser e estar dos respectivos, patrões, empresários, gestores, trabalhadores e seus representantes.

Caberia aqui talvez parafrasear quem disse que depois de ver um porco andar de bicicleta já acreditava em tudo mas prefiro recordar o rude professor de inglês do ensino secundário que nos ensinava que tudo no mundo faz falta” até as moscas, se não fossem elas como se governavam os homens que inventaram os insecticidas?” dizia o capitão Romão António dos Santos.

 

Barreiro , 28/7/2011

 

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por guerrilheiro às 08:07


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