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Ao acaso no tempo ocorrem coisas de que gosto nesse momento:fotos;ditos;textos; pensamentos meus e doutros. Juntar esses instantes é só o que almejo. Se a sua partilha contribuir para melhorar algo neste mundo tanto melhor.
Tradicionalmente apontados como pouco amigos de valorizar o que de positivo se faz ou acontece, e muito mais disponíveis para salientar os pontos negativos ,os portugueses bem gostariam de encontrar motivos para alterar esta sua habitual postura.
Se alguém diz que isto está mau, o parceiro ao lado logo diz que isto vai ficar pior. Por mais que desejássemos que assim não fosse, a realidade e a perspectiva do futuro que nos reservaram, não permitem que pensemos de forma diversa. Isto vai ser mesmo pior.
Mesmo que tentemos ignorar os números, seja pela nossa habitual aversão á matemática, seja por que desconfiemos das intenções quem os transmite e da forma e das como os transmitem, sabemos, ainda assim, que são sempre números muito grandes e altamente preocupantes .
Sendo assim , é assim e será pior, que sucederá á sociedade de brandos costumes em que temos mais ou menos vivido?
Atingido que está o record do desemprego e, tudo apontando para que este seja continua e largamente batido, prosseguindo as práticas de cortar subsídios, abonos, pensões , rendimentos mínimos, e reduzindo o tempo de aplicação destas medidas que no fundo ainda serviam como almofadas sociais que acontecerá?
Quando todos estes muitos milhares de desafortunados não tiverem forma de se sustentarem, nem garantirem o sustento dos familiares a seu cargo, que soluções lhes restam?
Emigrar será uma solução para muitos mas não para tantos. Trabalhar seria a alternativa que quase todos gostariam de poder utilizar mas aonde se não se vislumbram empresas a abrir nem obras de envergadura a ser executadas ?
Poderemos ser optimistas e pensar que estes portugueses continuarão brandamente á espera de definhar física e psicologicamente até á exaustão total ou assistiremos a um crescendo da criminalidade para onde muitos serão empurrados pelas agruras da vida e da contestação social verdadeiro campo onde a transformação real do pais pode acontecer.
O direito á indignação tenderá, inevitavelmente, a ser usado com uma frequência crescente contra a quem aqui nos conduziu e contra a forma como fomos e conduzidos.
A brandura dos nossos costumes resistirá por muito mais tempo ás dificuldades da vida que nos impõem e querem agravar? Julgamos que não.
Barreiro,19 de Maio de 2011
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