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Guardando coisas



Segunda-feira, 25.06.12

Há energia cá em baixo

Cá em baixo há energia

Metafóricamente , a teoria da coleira no cão pode ser aplicada ao município do Barreiro. Reza a dita: coloca-se uma coleira no cão, daquelas de estrangular, e segura-se esta de maneira bem firme, ali, á homem pois então. Cada vez que o cão quer avançar estica-se mais e mais estrangulando o animal. Quando este está quase a sufocar com falta de ar alivia-se um tudo nada a pressão, o suficiente para que não morra e repete-se o processo sempre que seja necessário. È fácil, para quem está na outra ponta da trela, dizer que o cão não tem coragem ,que precisa de uma nova energia.
Está assim o Barreiro, mal comparado claro está, e por isso peço as minhas humildes desculpas.
Primeiro fecham as industrias, Quimigal incluída, depois não constroem a TTT, tardam em resolver os terrenos da Quimiparque, param o TGV,não andam com a ponte barreiro Seixal, deixam a eletrificação da linha férrea a 300 metros das oficinas, reduzem as carreiras fluviais e não dão o apoio merecido aos TCB, fazem uma lei de compromissos que manieta absurdamente a gestão municipal, permitem que a Fabrequipa esteja moribunda, reduzem a EMEF a uma expressão residual e avançam para extinção de metade das suas freguesias e de uma importante fatia dos quadros dirigentes da autarquia e de dos seus trabalhadores.
Apertam, apertam até quase sufocar. Depois aliviam um pouco. Arranjam, uns milhões para dividir entre as autarquias para que estas possam resolver algumas das suas dividas.
Voltam a apertar, e ficam com 5% dos valores de cobrança do IMI.
Resistir a tudo isto já é só por si uma prova de coragem e energia irrefutáveis.
Resiste-se, como sempre, mais do que manter a cabeça fora do pântano em que insistem em atolar-nos, persiste-se corajosamente no Barreiro em transformar esta terra em área produtiva onde se possa viver uma vida condigna, justa e livre das amarras que insistem em colocar ao desenvolvimento do concelho e dos seus habitantes.
Inumeráveis são os contributos dados pelo Barreiro, pelos que nele nasceram e pelos muitos que de tantas partes demandaram estas paragens, ao desenvolvimento nacional , nisso são mestres como poucos, e nessa senda querem continuar .Assim os deixem que bem tem reclamado por essa oportunidade.
Outrora como hoje a energia não escasseou nem escasseará nos tempos que estão para vir. Não será de energia que o Barreiro carece, mas sim que de fora não lhe tolham o passo, não lhe impeçam o desenvolvimento antes o facilitem, não dividam mas antes o unam numa visão de que os Barreirenses são pessoas que tem direito ao trabalho, à saúde , à educação, à justiça e a tudo o mais que qualquer ser humano deve ter na terra que escolheu para viver.

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por guerrilheiro às 20:29

Segunda-feira, 25.06.12

Uma questão de confiança

Uma questão de confiança
Palavra que quero ser otimista, que quero acreditar, que quero ter fé.
Por isso e porque tudo isso é preciso e cada vez em maiores doses esforcei-me por acreditar nas palavras do primeiro ministro Passos Coelho quando, sem gaguejar, veio dizer que Portugal já não se encontrava no abismo.
Será mesmo verdade que conseguiram tal desiderato? Será que posso acreditar em tais palavras assim só porque quero acreditar e quero ter fé?
De repente recordo-me dos trabalhadores da Industria automóvel que reunidos no dia 30 alertaram pra as previsões da ACAP que dizem que aqui se perderão. 21mil postos de trabalho.
Os jornais de hoje noticianm que o governo prevê rescindir amigavelmente com 121mil trabalhadores. Na construção civil podem vir a perder-se 178 mil empregos tambem segundo os jornais.
Como se tais números , a somar aos mais de 1 milhão de desempregados que já devem existir ,não me fizessem perder a confiança nas palavras do primeiro ministro dirijo mais a minha atenção para outras cifras quiçá mais auspiciosas.
O Produto interno Bruto caiu 2,2% no primeiro trimestre relativamente ao ano de 2011.
A atividade industrial desceu 6,8% em Abril. Quantos investimentos se anunciam criadores de postos de trabalho? Nenhum.
Quanto custa a cada familia mandar um filho para a Universidade? Seis mil euros , e o ministro Relvas elogia os jovens que emigram como se a algum corpo fosse benéfico ficar com o sangue velho enquanto se lhe esvai o sangue novo que o devia fortalecer.
Que me resta para que possa acreditar nas palavras deste governo e de quem o lidera? Quase nada se tirar os estágios que agora se anunciam e que quantas vezes não passam de mão de obra barata para as empresas.
Numa coisa esteve bem Passos Coelho: a elogiar a paciência que o povo português tem tido para o aturar. Mas a paciência tem limites e mesmo no interior das hostes governamentais já se ouvem vozes que dizem que os limites do suportável já foram atingidos e pior ainda que o pagamento da divida devia ser mais suave e que será necessário pedir à troika novos prazos e mais dinheiro. Uma aproximação até à pouco impensável ás teses comunistas que há muito defendem a renegociação da divida.
Portugal pode ter saído do abismo como agora afirma Passos Coelho mas cada vez mais portugueses lá continuam e observam a escuridão que o invade é directamente proporcional aos dias que aí passam.


Joaquim Escoval

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por guerrilheiro às 20:27

Segunda-feira, 25.06.12

Só queria perceber esta democracia

Só queria perceber esta democracia

Os programas eleitorais valem o que valem.
Uns fazem-nos porque sim, tanto se lhes dá, desde o inicio que não tencionam cumpri-los.
Interessa-lhes mesmo é captar o voto nem que para isso tenham de prometer o que sabem não poder cumprir.
Outros fazem tudo para cumprir o que prometem nunca prometendo mais do que podem para não empenhar a palavra dada.
Outros serão um mescla das duas situações anteriores em que se promete o que se pode mas se almeja, com um pouco de sorte e saber à mistura, eir mais além e ultrapassar os próprios limites que julgaram possíveis e assim satisfazer mais um pouco os eleitores. Também há os que honestamente nada prometem , concorrem e pronto, ou os que prometem coisas estapafúrdias e depois vá-se lá saber porque até ganham como o recente caso do partido humorístico que ganhou a câmara da Reikiavik prometendo uma toalha aos eleitores.
Dentro deste universo uns são óbviamente mais honestos que outros, mas todos no inicio jurarão que se forem eleitos irão cumprir o seu programa, Afinal foi pelas promessas, aqui chamadas programas eleitoraisl, que fizerem que os eleitores lhes confiam o voto em detrimento de outros com programas, na opinião dos mesmos eleitores, menos realistas, menos exequíveis ou menos correctos e justos.
Uma vez obtidos os mandatos é tempo de cumprir o que se prometeu, os candidatos são seres humanos e como tal devem ter honra e honrar os seus compromissos.
Claro que num mandato as condições existentes há altura das eleições podem mudar e obrigar a não realizar, a suspender ou a adiar o que se havia querido fazer mas as promessas foram feitas e objectivo mantem-se e tudo o que for razoável deve ser feito para que ele seja atingido.
È a honra que está em jogo.
Não compreendo assim como podem democratas, ou que assim se intitulam apelar para que se esqueçam programas, que se esqueçam promessas e que se façam coisas que não estavam em programa algum, em declaração alguma, só porque mudaram bastante as condições..Coisas em que ninguém foi ouvido, que ninguém discutiu, que ninguém avalizou. Coisas em que ninguém votou
Será democrático? Será respeitar a vontade do eleitorado? Será sério?
Ainda que uma parte do eleitorado vote na imagem do 1º membro da lista e não tenha prestado atenção ao seu programa, é certo que ele se candidatou com um programa e que certamente se atarefou mais a sua máquina partidária, a divulgar as suas intenções pelas iniciativas que levou a cabo pelo país inteiro durante a campanha eleitoral.
As condições mudaram, os objectivos tem de se adequar à nova realidade e não estou sequer a por em causa se a mesma é pior ou melhor que a antecedeu, mas o eleitorado não votou nesses novos objectivos, Votou noutros.
Utilizar os mesmos votos para atingir ou tentar atingir objectivos que nunca antes se haviam apontado parece-me no mínimo pouco honesto e nada respeitador do voto popular e da democracia a ele inerente.
Compreendo que em determinadas etapas duma caminhada se tenha de mudar de rumo ou até de o inverter, mas entendo que então se devia a perguntar ao eleitorado se concorda com uma guinada brusca no leme, se a avaliza e se até está disposta a dar-lhe o seu voto positivo.
De outra forma pode até parecer muito patriótico mas não é certamente democrático nem honesto.
Basta de não cumprir promessas quanto mais esquece-las, Utilizar os milhares de votos conseguidos á sombra de um programa eleitoral como se um cheque em branco se tratasse não é próprio de democratas nem é uma atitude que se possa calar.
Os apelos lançados esta semana pelo líder do PSD ao líder do PS fizeram com que não me cale.

Barreiro, 2 de Junho de 2010

Joaquim Escoval

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por guerrilheiro às 20:24

Segunda-feira, 25.06.12

Somar que é sumir

Sempre a somar que é sumir.
Não é só mais uma .È outra simplesmente.
Que não, dizia o ministro Vieira da Silva, que não era preciso mexer na legislação laboral.
Que não, Bruxelas é que ainda não entendeu algumas coisas, dizia a ministra Helena André de visita á Autoeuropa. Talvez alguns pequenos ajustes, só isso nada mais.
Mas cá está hoje o nosso primeiro a dizer “-A RESPOSTA É SIM!” que dentro de dias se vão conhecer pormenores sobre as alterações á lei laboral que Bruxelas lhe exige .
Palavra de ministro já não vale mais que um dia ,e a do primeiro deles nem vale o instante dum piscar de olhos como se de um mentiroso compulsivo se tratasse.
Mesmo que altere seja o que for logo assinará um sem numero de excepções para só aplicar aos mesmos de sempre: aos funcionários públicos em primeiro lugar e aos outros igualmente desafortunados que não tem qualquer espécie de fuga por não terem dinheiro para pagar a quem esperta e desavergonhadamente lhes sacode qualquer responsabilidade de cima do corpo e da mente.
Mas que quer Bruxelas? Não basta que tenhamos um quarto de milhão de desempregados, de salários baixos ou em atraso, de despedidos ás centenas por mail como os trabalhadores da Groundforce , de milhares de jovens sem qualquer perspectiva de futuro, de idosos com cada vez menos dinheiro para sobreviver, de saúde e justiça e educação com cada vez mais dificuldades de acesso á generalidade dos portugueses?
Bruxelas quer mais sempre mais e não se cansa de tentar conseguir para os ricos ainda maior riqueza.
O cortejo de dificuldades por que passam os trabalhadores portugueses mesmo após de uma vida de dedicação a uma profissão e a uma empresa não lhes condói a alma. Eles não tem alma..Eles tem interesses e esses são os do aumento da riqueza a quem a tem, a isso se resume a sua existência, acumular mais sempre mais não importa à custa de quem nem como.
Agora como se não bastasse o código de trabalho do Bagão Felix, e depois as alterações a ele introduzidas pelo PS e as dificuldades que tem colocado a contratação colectiva, ainda querem que um trabalhador não tenha direito a qualquer indemnização ficando assim o patrão com mais aquela verba que até agora ainda é merecida pelo trabalhador.
È “flexibilizar os despedimentos dizem eles.
Por explicar fica em que é esta medida pode aumentar a competitividade e a produtividade nas empresas. O lucro para quem despedir , esse aumentará de facto na exacta proporção da diminuição das compensações a obter por quem for despedido.
È aumentar a exploração de quem já é dos mais explorados da Europa e que vivem no segundo pais com mais desigualdades sociais nessa mesma Europa de se diz União Europeia.Que bela unidade nos ordenam de Bruxelas.
Tambem Sócrates e os seus ministros se dizem socialistas e não param de fazer estes fretes ao grande capital.
Logo após a greve geral de 24 de Novembro mesmo os ministros com registo de serem dos mais truculentos do PS ,como Augusto Santos Silva, vieram dizer que se havia aberto um novo ciclo de dialogo com os parceiros sociais que havia que falar com todos etc, etc.
Falaram efectivamente poucos dias depois com os directores ou donos das maiores empresas portuguesas . Do que disseram pouco se sabe.
Com os trabalhadores o “novo ciclo de diálogo”está encetado com mais esta prenda que certamente fará rejubilar de alegria os donos em Bruxelas e o patronato português, mas que encherá de tristeza muitos lares de por ora empregados portugueses
O que os ministro disseram foi uma mentira, não mais uma, simplesmente outra.
Porreiro pá.

Joaquim Escoval

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por guerrilheiro às 20:21


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