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Guardando coisas



Terça-feira, 19.07.11

Larguem a vaca

Larguem a vaca.

Esta vaca é um animal formidável mas tem pouca sorte coitada.

Nascesse esta vaca na India e a coisa seria diferente. Andaria feliz e contente por onde lhe aprouvesse, comeria da mão de todos   e ninguém ousaria importuná-la. Talvez tivesse até um nome de vaca , daquelas que se preza: malhadinha; bonita, estrelinha, sei lá, um nome de jeito para vaca que se preza.

Mas não , esta vaca não é dessas,  desde logo a começar pelo nome que lhe colaram,  :”Funcionalismo publico”. Isso é lá nome que se dê  a um animal, ainda por cima  a um animal que dá de mamar a tanta gente.

Os donos do curral mudam de tempos a tempos, mas para esta vaca isso não importa, é sempre ele que paga as favas: por que está grande, por que está pesada, porque tem de ser ágil, por que tem muitas gorduras , porque tem mobilidade reduzida, enfim, a vaca que dá pelo nome de Funcionalismo Publico paga por duas coisas: por tudo e por nada.

Cortam , espremem, sugam e ainda que se sinta exaurida, exausta, quase incapaz de responder para aquilo para que foi criada vem sempre outros que tornam a espetar a faca vasculhando gorduras onde há muito deixaram de existir.

Forçam as proteínas que a constituem a abandoná-la num movimento que parece não ter fim :Juntam-se , unem-se , gritam, e lutam contra m destino que não escolheram e que sabem não estar certo. Enchem ruas e avenidas erguem bandeiras , gritam palavras de ordem e alertam para o que de ruim isto a todos trará. Mas muitos acabam por tomar outros rumos cansados e incapazes de resistir a tantas facadas e a tantos maus tratos.

Já quase só pele e osso a vaca Funcionalismo Publico ainda vive e tambem ela resiste obrigando os donos do curral a mais um esforço para convencer os incautos de que  não gostam das suas malvadezas  mas que elas são necessárias e imprescindíveis.

Não raro recorrem para essa tentativa de convencimento a escribas com artes de curandeiros visionários  capazes de encontrar gorduras nos sítios mais recônditos da vaca e de logo proclamar aos sete ventos que a vaca funcionalismo publico tem obesidade mórbida .

Nos muitos milhares de funcionários públicos que trabalham muito e ganham mal, calceteiros, coveiros, varredores, serralheiros, canalizadores, motoristas, assistentes administrativas  e em tantos , tantos outros a que embrulharam num redondo nome de assistentes operacionais conseguiu um inteligentíssimo “jornalista” descobrir alguns que abrigados em gabinetes de que nunca ouvíramos falar, ganham para cima de 5000 €.

Por via da boa vida que certamente levam fazem subir a média dos salários dos funcionários públicos e daí a extraordinária conclusão, estampada na 1ªpágina de um jornal nacional, de que os funcionários públicos ganham mais 500 euros que os privados. Assim sem mais, sem atender á falsidade das médias , sem sequer pensar em consultar uma tabela de salários e com ela á frente dos olhos bastaria atentar que se o salário mínimo é de 485€ a ser verdade o que afirmam qualquer funcionário teria de ganhar no mínimo 985€ e não é esse, infelizmente, para milhares e milhares o valor que no final de cada mês levam para casa para alimentar as suas famílias.

A vaca  “Funcionalismo Publico” continua a cumprir o seu papel e até a estes , sobretudo a estes ,descaradamente e propositadamente mentirosos, continua a alimentar.

Afinal eles venderam jornais com a noticia da vaca supostamente ainda obesa..

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por guerrilheiro às 21:30

Terça-feira, 19.07.11

ATé pode ser contra mim...

Há cada lei…

 

Há leis para todo os gostos. Umas entendemos sem qualquer esforço ,outras pela sua complexidade ou alcance, requerem um esforço mais exigente para a sua compreensão e outras ainda há que não sendo complexas e contendo até alguns princípios lógicos fazem com que nos questionemos para que raio serve aquilo.

Todas devemos respeitar já que o seu desconhecimento não nos iliba do seu cumprimento e como a leitura do Diário da Republica não está assim tão enraizado nos usos e costumes da maioria dos cidadãos nem nos damos conta da produção de muita da legislação e logo não cuidamos minimamente do seu cumprimento.

Repentinamente todos descobrimos que as nossas licenças de condução contem uma validade que não é verdadeira já que em 2009 saiu uma maravilhosa lei que altera e revoga essa data ,que já havíamos assumido desde o longínquo exame de condução. Muitos milhares descobriram de repente que conduziam ilegalmente e que tinham de perder dias de trabalho para ir ao IMMT mais próximo , pagar mais uns  valentes cobres e fazer um  novo exame de condução que nunca sonharam ter de voltar a fazer.

Ao dela termos conhecimento podemos ser conduzidos ás santas intenções do legislador que, bem intencionado, teria querido considerar que os condutores mais idosos precisavam novamente de ser avaliados pois a idade poderia ter degradando o seu estado de saúde e limitado as suas capacidades enquanto condutores colocando assim em risco os demais cidadãos.

Uma leitura mais atenta da lei remete-nos contudo para uma tabela onde só os condutores que com alguma idade  e que tiraram a carta de condução em alguns , muito poucos anos, tinham de renovar a sua carta, pagando é claro.

Depois, se não atenderam aos prazos que a bendita lei menciona, tem de fazer novo exame de condução, pagando outra vez é claro. Mas como o exame demora é-lhes passada uma guia válida para 6 meses que imediatamente lhes devolve a legalidade que a lei de 2009 lhes retirara.

Se podem continuar a conduzir durante 6 meses para que vão então fazer exame de condução? Para pagar é claro!

Não se entende esta lei ,a não ser para que alguns paguem, mas ainda assim porque são esses que pagam e não todos os outros ,ou só os que tiverem idade superior a qualquer idade de referencia, ou os que tiverem antecedentes de condução, ou problemas de saúde potencialmente inibitórios de uma condução segura?

Acredito que todos conhecemos casos caricatos veja-se este: num casal o marido tem 53 anos e nasceu em 1957, não tem que renovar, ainda, a carta. A esposa tem 52 anos e nasceu em 1959 logo mais nova,  por acaso com menos anos de condução, mas tem de renovar a carta. Porque? Porque nasceu num dos azarados anos que a tabela estipula para essa renovação e só por isso, não por qualquer outro motivo bem ser mais plausível.

Perdem-se dias de trabalho enquanto se enche a boca coma necessidade de mais , competitividade e produtividade, atulham-se os serviços com mais 60 mil processos, criam-se divisões desnecessárias, obrigam-se os condutores a procurar obter um atestado de saúde tarefa nada fácil tudo isto para quê? Para satisfazer algum governante que assim entendeu que poderia encher os cofres do estado com mais algum dinheiro e para isso deve ter utilizado um dos testes que tanto ouvira falar no seu tempo de estudante: mandou os processos todos ao ar, os que caíram no chão pagam os outros são sortudos , por enquanto.Entretanto, viva o simplex.

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por guerrilheiro às 21:29

Terça-feira, 19.07.11

A siderurgia fez mais uma vitima

Havemos de levantá-lo, temos essa esperança, tal como temos a esperança que aqueles jovens que ali trabalham naquelas condições dificilimas se levantem um dia e se tornem homens de corpo inteiro e se unam para lutar pela vida social, familiar e laboral que merecem e ganancia desmesurada de uns poucos lhes rouba sem qualquer pudor.

O meu Bruno escolheu a vida de operário.Operário todo construido, daqueles que minuto a minuto enfrentam a medonha boca do forno electrico da Siderurgia e tratam respeitosamente por tu o aço que a cerca de 1000 graus centigrados é filho da sucata que o forno engole.
È lindo o meu filho, os olhos azuis da avó, os ombros largos do pai, atleta esbelto cinturão negro de karate.
È muito bom o meu Bruno Daniel, respeitador, educado, cumpridor, responsável.
È um homem que enche de orgulho a familia e de amor a namorada de há muitos anos e com quem ia casar já no próximo sábado.
Estavam imensamente felizes, não se cansavam de mostrar as fotos que o amigo lhes tirara no cabo espichel para o album de casamento. Um verdadeiro top model dizia ela do seu”borracho”.
Jantei com ele a ultima vez há dois dias no aniversário da irmã que protege como um lobo.Adoram-se eles, e como a pequena sentiu o sofrimento do irmão.
A festa acabou ás 21h que ele tinha que regressar às 22 horas para aquele inferno de aço e fogo e cumprir mais 10 horas dum horário que não respeita famílias, saúde, condições climatéricas, não respeita nada a não ser a vontade dos gestores em poupar na factura da electricidade à custa do esforço e do corpo de jovens como o meu Bruno.
Gestores espanhóis e acólitos portugueses que não hesitam em obrigar os trabalhadores portugueses ao gozo de férias em Fevereiro, a trabalhar sem necessidade nos nossos dias feriados mais queridos, em exigir que por interesse exclusivo da empresa se gozem dias de férias do ano que vem e em perseguir os poucos que se atrevem a opor-se a estas atitudes desumanas.
Gestores espanhóis e acólitos portugueses que contam com a necessidade, com o medo, e com ignorância de jovens portugueses para lhes arrancar assinaturas que legitimam a aplicação destas e doutras medidas que inevitávelmente se refletirão na saude de todos eles.
Gestores espanhóis que contam com acólitos portugueses na aplicação destas barbaridades e com a complacencia de governantes e suas intituições encarregues de zelar pela aplicação da lei.
É lindo o meu Bruno, quero acreditar que assim continuará após o acidente de trabalho que sofreu ontem pelas 23,30 h , ainda dentro daquelas horas de sacrificio extra a que os tais gestores obrigam para alimentar a ganancia do lucro.
Nem o pude ver no Hospital tal o estado em que 30% de queimaduras lhe deixaram o peito, abdomem e ancas.
Continuará sempre lindo, ao menos para nós, mas por agora a felicidade imensa que irradiava abandonou de repente os seus mravilhosos olhos azuis e mergulhou-nos numa tristeza que desconheciamos e numa revolta tremenda.
Dizem-nos do hospital que psicológicamente está de rastos. Como sofremos por ele e com ele.
Havemos de levantá-lo, temos essa esperança, tal como temos a esperança que aqueles jovens que ali trabalham naquelas condições dificilimas se levantem um dia e se tornem homens de corpo inteiro e se unam para lutar pela vida social, familiar e laboral que merecem e ganancia desmesurada de uns poucos lhes rouba sem qualquer pudor.
Havemos de arrancá-lo, leve o tempo que levar, aquela armadura de ligaduras que agora lhe cobrem o corpo e ás cicatrizes que teimarão em alterar-lhe as formas do seu corpo até ontem bem moldado.
Tanto que, percebendo a sua apetencia para as questões da higiene e segurança, o aconselhámos a fazer o curso de tecnico dessa área...
-Como posso estudar com estes horários pai? Não dá.Respondia-me invariávelmente assim alimentando-me a revolta perante a impotencia de lhe poder alternativas neste país tão madrasto.
O destino é irónico e cruel, escolhe os melhores para maltratar quando tantos outros mereciam pior sorte.
Que o sacrificio e o sofrimento que o Bruno atravessa sirva ao menos para que outros exijam e conseguiam ser tratados na sua terra como seres humanos, por que o são, é agora, a par da exigencia de um tratamento que devolva ao meu filho tudo aquilo que até ontem tinha,um objectivo de vida deste pai profundamente ferido.

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por guerrilheiro às 16:25

Terça-feira, 19.07.11

Só queria perceber esta democracia

Não compreendo assim como podem democratas, ou que assim se intitulam apelar para que se esqueçam programas, que se esqueçam promessas e que se façam coisas que não estavam em programa algum, em declaração alguma, só porque mudaram bastante as condições. Coisas em que ninguém foi ouvido, que ninguém discutiu, que ninguém avalizou. Coisas em que ninguém votou
Será democrático? Será respeitar a vontade do eleitorado? Será sério?

Os programas eleitorais valem o que valem.
Uns fazem-nos porque sim, tanto se lhes dá, desde o inicio que não tencionam cumpri-los.
Interessa-lhes mesmo é captar o voto nem que para isso tenham de prometer o que sabem não poder cumprir.
Outros fazem tudo para cumprir o que prometem nunca prometendo mais do que podem para não empenhar a palavra dada.
Outros serão um mescla das duas situações anteriores em que se promete o que se pode mas se almeja, com um pouco de sorte e saber à mistura, eir mais além e ultrapassar os próprios limites que julgaram possíveis e assim satisfazer mais um pouco os eleitores. Também há os que honestamente nada prometem , concorrem e pronto, ou os que prometem coisas estapafúrdias e depois vá-se lá saber porque até ganham como o recente caso do partido humorístico que ganhou a câmara da Reikiavik prometendo uma toalha aos eleitores.
Dentro deste universo uns são obviamente mais honestos que outros, mas todos no inicio jurarão que se forem eleitos irão cumprir o seu programa, Afinal foi pelas promessas, aqui chamadas programas eleitorais, que fizerem que os eleitores lhes confiam o voto em detrimento de outros com programas, na opinião dos mesmos eleitores, menos realistas, menos exequíveis ou menos correctos e justos.
Uma vez obtidos os mandatos é tempo de cumprir o que se prometeu, os candidatos são seres humanos e como tal devem ter honra e honrar os seus compromissos.
Claro que num mandato as condições existentes há altura das eleições podem mudar e obrigar a não realizar, a suspender ou a adiar o que se havia querido fazer mas as promessas foram feitas e objectivo mantém-se e tudo o que for razoável deve ser feito para que ele seja atingido.
É a honra que está em jogo.
Não compreendo assim como podem democratas, ou que assim se intitulam apelar para que se esqueçam programas, que se esqueçam promessas e que se façam coisas que não estavam em programa algum, em declaração alguma, só porque mudaram bastante as condições. Coisas em que ninguém foi ouvido, que ninguém discutiu, que ninguém avalizou. Coisas em que ninguém votou
Será democrático? Será respeitar a vontade do eleitorado? Será sério?
Ainda que uma parte do eleitorado vote na imagem do 1º membro da lista e não tenha prestado atenção ao seu programa, é certo que ele se candidatou com um programa e que certamente se atarefou mais a sua máquina partidária, a divulgar as suas intenções pelas iniciativas que levou a cabo pelo país inteiro durante a campanha eleitoral.
As condições mudaram, os objectivos tem de se adequar à nova realidade e não estou sequer a por em causa se a mesma é pior ou melhor que a antecedeu, mas o eleitorado não votou nesses novos objectivos, Votou noutros.
Utilizar os mesmos votos para atingir ou tentar atingir objectivos que nunca antes se haviam apontado parece-me no mínimo pouco honesto e nada respeitador do voto popular e da democracia a ele inerente.
Compreendo que em determinadas etapas duma caminhada se tenha de mudar de rumo ou até de o inverter, mas entendo que então se devia a perguntar ao eleitorado se concorda com uma guinada brusca no leme, se a avaliza e se até está disposta a dar-lhe o seu voto positivo.
De outra forma pode até parecer muito patriótico mas não é certamente democrático nem honesto.
Basta de não cumprir promessas quanto mais esquece-las, Utilizar os milhares de votos conseguidos á sombra de um programa eleitoral como se um cheque em branco se tratasse não é próprio de democratas nem é uma atitude que se possa calar.
Os apelos lançados esta semana pelo líder do PSD ao líder do PS fizeram com que não me cale.

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por guerrilheiro às 16:24

Terça-feira, 19.07.11

sempre a somar, que é sumir

Agora como se não bastasse o código de trabalho do Bagão Felix, e depois as alterações a ele introduzidas pelo PS e as dificuldades que tem colocado a contratação colectiva, ainda querem que um trabalhador não tenha direito a qualquer indemnização ficando assim o patrão com mais aquela verba que até agora ainda é merecida pelo trabalhador.
È “flexibilizar os despedimentos dizem eles.

Não é só mais uma .É outra simplesmente.
Que não, dizia o ministro Vieira da Silva, que não era preciso mexer na legislação laboral.
Que não, Bruxelas é que ainda não entendeu algumas coisas, dizia a ministra Helena André de visita á Autoeuropa. Talvez alguns pequenos ajustes, só isso nada mais.
Mas cá está hoje o nosso primeiro a dizer “-A RESPOSTA É SIM!” que dentro de dias se vão conhecer pormenores sobre as alterações á lei laboral que Bruxelas lhe exige .
Palavra de ministro já não vale mais que um dia ,e a do primeiro deles nem vale o instante dum piscar de olhos como se de um mentiroso compulsivo se tratasse.
Mesmo que altere seja o que for logo assinará um sem numero de excepções para só aplicar aos mesmos de sempre: aos funcionários públicos em primeiro lugar e aos outros igualmente desafortunados que não tem qualquer espécie de fuga por não terem dinheiro para pagar a quem esperta e desavergonhadamente lhes sacode qualquer responsabilidade de cima do corpo e da mente.

Mas que quer Bruxelas? Não basta que tenhamos um quarto de milhão de desempregados, de salários baixos ou em atraso, de despedidos ás centenas por mail como os trabalhadores da Groundforce , de milhares de jovens sem qualquer perspectiva de futuro, de idosos com cada vez menos dinheiro para sobreviver, de saúde e justiça e educação com cada vez mais dificuldades de acesso á generalidade dos portugueses?
Bruxelas quer mais sempre mais e não se cansa de tentar conseguir para os ricos ainda maior riqueza.
O cortejo de dificuldades por que passam os trabalhadores portugueses mesmo após de uma vida de dedicação a uma profissão e a uma empresa não lhes condói a alma. Eles não tem alma..Eles tem interesses e esses são os do aumento da riqueza a quem a tem, a isso se resume a sua existência, acumular mais sempre mais não importa à custa de quem nem como.

Agora como se não bastasse o código de trabalho do Bagão Felix, e depois as alterações a ele introduzidas pelo PS e as dificuldades que tem colocado a contratação colectiva, ainda querem que um trabalhador não tenha direito a qualquer indemnização ficando assim o patrão com mais aquela verba que até agora ainda é merecida pelo trabalhador.
È “flexibilizar os despedimentos dizem eles.
Por explicar fica em que é esta medida pode aumentar a competitividade e a produtividade nas empresas. O lucro para quem despedir , esse aumentará de facto na exacta proporção da diminuição das compensações a obter por quem for despedido.
È aumentar a exploração de quem já é dos mais explorados da Europa e que vivem no segundo pais com mais desigualdades sociais nessa mesma Europa de se diz União Europeia.Que bela unidade nos ordenam de Bruxelas.
Tambem Sócrates e os seus ministros se dizem socialistas e não param de fazer estes fretes ao grande capital.

Logo após a greve geral de 24 de Novembro mesmo os ministros com registo de serem dos mais truculentos do PS, como Augusto Santos Silva, vieram dizer que se havia aberto um novo ciclo de dialogo com os parceiros sociais que havia que falar com todos etc, etc.
Falaram efectivamente poucos dias depois com os directores ou donos das maiores empresas portuguesas . Do que disseram pouco se sabe.
Com os trabalhadores o “novo ciclo de diálogo”está encetado com mais esta prenda que certamente fará rejubilar de alegria os donos em Bruxelas e o patronato português, mas que encherá de tristeza muitos lares de por ora empregados portugueses
O que os ministros disseram foi uma mentira, não mais uma, simplesmente outra.
Porreiro pá.

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por guerrilheiro às 16:23

Terça-feira, 19.07.11

campos"amalelos"?

Agora máquinas modernas a todos parecem substituir. Alguns poucos detentores das capacidades financeiras para a sua aquisição, alugam-nas a outros que com elas substituem os ranchos de homens e mulheres que outrora enchiam os campos enchendo com eles os centros de emprego e de formação em matérias que lhes são culturalmente alheias.

A necessidade de competir com outros fornecedores que por razões várias são mais competitivos mas também e principalmente a ânsia de ganhar mais e sempre mais sem olhar para o lado trazem agora para os campos outros certamente a quem a vida ainda foi mais madrasta.

Tailandeses a apanhar azeitona no Alentejo? Pode lá ser? Pode!
A palavra “globa”l entra-nos pelos olhos dentro em todo o lado e de todas as maneiras.
Algumas são difíceis, mesmo muito difíceis de engolir, de entender e ainda mais de aceitar, ao menos para mim.
Meio século já passou desde que os trabalhadores agrícolas alentejanos tudo enfrentaram para conseguir que as suas jornadas de trabalho não fossem de sol a sol mas sim de 8 horas diárias e melhor retribuídas.
Tempos e condições bem mais árduas que as de hoje mas aqueles homens e mulheres endurecidos pelos calores abrasadores do verão e pelas gélidas madrugadas de inverno souberam tudo ultrapassar e conseguiram os seus intentos.
Pelo caminho ficaram ficaram anos de vida comunitária e familiar ,infâncias e juventudes vividas não brincar e a estudar mas vergados em direcção á terra viscosa de barro ou cobertas de xisto colhendo o trigo ou a azeitona que alimentavam o país.
Por esses caminhos até vidas ficaram.
Ranchos de homens e mulheres trazidos de regiões mais a norte do país foram sendo trazidos para fazer os trabalhos que os alentejanos todos os dias pediam nas famosas praças de jorna. Tu , tu e tu vêem e ,finda a escolha do capataz todo poderoso continuava a praça cheia de homens a quem não era dada sequer a oportunidade de vender a sua força de trabalho para alimentar os familiares.
Restava-lhes voltar e esperar que o amanhã fosse melhor ou tudo fazer para que assim fosse.

Muitos seguiram estes perigosos trilhos nos campos, vilas e aldeias, traçados pelas rudes botas de homens Homens. E por mulheres Mulheres.
A chegada de outros que na sua terra faziam o trabalho que podia ser seu dificultava-lhes a vida e a possibilidade de conquistar mais rápidamente os salários e as condições de trabalho merecidos por tanto sacrificar o corpo a tão penosos trabalhos.
Tudo ultrapassaram, mas como se de maldição se tratasse os campos que tanto a todos dão continuaram a ver o progresso e o desenvolvimento ficarem pelas regiões á beira mar plantadas obrigando os que nele nasceram a procurar sustento noutras bandas num movimento migratório que pelo amor que os une á terra forma dos últimos a encetar.
Ao Alentejo, com o advento da CEE chegaram mais recentemente outras gentes de tez mais e cabelo mais claro .Do longuinquo leste chegaram os russo, os moldavos, os romenos, os ucranianos e tantos outros que encheram os montes e cobraram pelo trabalho valores que não garantiam aos alentejanos as condições de vida que há muito lhes é devida. Aguentaram mais esta repetição da história.
Mas o desemprego ganhou terreno e com ele todo o cortejo de situações que a ninguém se desejam.

Agora máquinas modernas a todos parecem substituir. Alguns poucos detentores das capacidades financeiras para a sua aquisição, alugam-nas a outros que com elas substituem os ranchos de homens e mulheres que outrora enchiam os campos enchendo com eles os centros de emprego e de formação em matérias que lhes são culturalmente alheias.
A necessidade de competir com outros fornecedores que por razões várias são mais competitivos mas também e principalmente a ânsia de ganhar mais e sempre mais sem olhar para o lado trazem agora para os campos outros certamente a quem a vida ainda foi mais madrasta.
Os serviços da segurança social do Alentejo começam a chegar inscrições de trabalhadores tailandeses trazidos para a apanha da azeitona.Os ucranianos e romenos já foram dizem-nos.A moda agora são tailandeses.
São homens tem tanto direito á vida como quaisquer outros direito á vida mas continuam a adiar a almejada vida dos alentejanos na terra que tanto amam e preservam.
Não custa a adivinhar em que condições vivem por esses montes , já mais difícil fica saber o quanto vão ganhar, mas sem qualquer dificuldade podemos imaginar que será bem menos que o que qualquer português venceria embora muito mais do que o que ganhavam na sua longínqua terra natal.

Que me explicassem como conseguem agricultores alentejanos conseguir trabalhadores nessas paragens é o que eu gostava. Quem lhes propôs o negócio, como chegaram à conclusão que era um bom negócio, como os trouxeram para cá, quem os escolheu, quem os encaminhou etc., etc.
Afinal e numa pergunta apenas : que rede ( uma palavra talvez demasiado branda para esta situação) está montada para que esta migração seja possível?
Mas já que cá chegaram então que sejam tratados como trabalhadores e como homens ,que se rejam pelas leis nacionais e que se respeitem as directivas há muito reivindicadas pelos sindicatos portugueses: os trabalhadores emigrantes devem ter as mesmas condições que os trabalhadores nacionais.
Se assim for o Alentejo continuará a se rum terra verde de esperança e não “amalela” de tanto maltratar os seus filhos e aqueles que a demandam.

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por guerrilheiro às 16:22

Terça-feira, 19.07.11

Episódios sem saude

E agora não há marcações, não há consulta e tenho que dizer que quero ir com o drº para a Eça de Queiroz? Consultas há nos dias que o drº estiver. Mas arrisco-me a não ter vaga. Pede ao drº se o pode atender. Não gosto , não está certo. Pois há muita coisa que não está certo, só ontem estavam 25 à espera dele. Lá para baixo só é preciso dizer que não quer ir. Mas a marcação? Isso só por telefone julgo eu diz-me o muito atarefado e mais preocupado ainda director.

Só quero ser consultado pelo meu médico de família.
Um dos passos é ir num dos dias que ele dá consulta no Centro médico de Stº André e lá vou eu pelas 7, 30h da madrugada já adivinhando a tarefa dificil apesar do posto abrir ás 8 horas e o médico chegar normalmente antes das 9 quase sempre adiantado o que não é de deixar fora do registo.
Um grupo razoável de pessoas, quase todas de idade considerável, ao sabor do rigor da madrugada já lá estava munidos de um paciência infinita. Toda uma vida de descontos para esta qualidade de atendimento..
Quem está para o drº X? È o 9º diz-me um senhor. Espere-mos, dizem-me que só tem 6 vagas , está mau .Lá salta o jornal para debaixo dos olhos para enganar a impaciência.
Continuam a chegar utentes, uns por eles outros a marcar vez para outros que por mais doentes ficaram em casa .È o 10º. E para a Drª Y? Sou eu o ultimo, é o 5º .E por aí fora numa organização espontanêa e respeitada entre desconhecidos que com curiosidade tento perceber como é possível. Pontualmente lá se abre a porta e todos fluem para os guichets que já conhecem.
Esta srª está a atrofiar isto tudo, exclama alguém, afinal queria duas marcações e não disse nada. Assim passo de 6ª para 7ª e fico sem consulta . Começa a ver que as horas de frio e de escuridão, em pé ou sentada nos três degraus da entrada não lhe traria a almejada consulta. Custa a calar-se e a outra mal responde, responder o quê a alguém que não conhece e a quem não deve qualquer satisfação? Fala para aí…
Pronto já estão os 6 , não há mais. Fiquei no pau da roupa. Consulta só se esperar que chegue o Drº e ver se ele aceita atender mais do que aqueles que inicialmente estavam previstos.
Não estou para depois desta espera ouvir discussões por uma consulta nem o meu problema é tão grave que não possa adiar a ida ao médico alguns dias. Posso marcar pelo telefone? Sim senhor mas só das 11h ás 15h e pela hora de almoço pode haver mais dificuldade em ser atendido. Percebe-se e compreende-se.
O numero de telefone que retirei do papel colado ao lado do guichet começa a mostrar a sua utilidade um dia dois dias três dias, às 11h ás 12h e todas as outras horas .Do trabalho, do telemóvel de casa e nada . Ninguém atende.
Espera que vão ver, vou lá agora e vou ligar da frente delas para ver se ouvem o telefone ou não. E fui.
Minha srª como é ninguém atende? Hoje já fiz muitas marcações será que marcou bem o nº? Rapo de imediato o telélé e veja, veja se não está bem ,confirmei o nº antes de falar consigo. Sim , diz-me, mas o drº já deu ordem para não marcar mais , no inicio do ano vai para a Eça de Queirós e leva alguns doentes com ele.
Só faltava mais estaEntão como é ? E eu tenho consulta? Serei desses doentes.? Não sei, respondem-me , pode falar com o srº director ali do outro lado. È para já. No balcão de entrada ninguém, segurança não vi, lá fui espreitando para as portas mais ou menos entreabertas.
È o srº director? Diga . Pois tem razão mas não há pessoal. Não admitem ninguém para categoria nenhuma. Foram-se as duas telefonistas e não meteram ninguém, saíram outras e não meteram ninguém e agora vai o drº e não sei como vamos nós ficar, vai ser um problema. Não sei não.
Mas a srª do outro lado diz-me que hoje já fez muitas marcações. Azar o meu caramba. Que não haja consulta até compreendo mas se dizem que há marcações por telefone ao menos atendam e digam que não há consulta. Sim mas ela só veio hoje tem estado com baixa, olhe a semana passada andei a fazer quase todo o posto sozinho.
E agora não há marcações, não há consulta e tenho que dizer que quero ir com o drº para a Eça de Queiroz? Consultas há nos dias que o drº estiver. Mas arrisco-me a não ter vaga. Pede ao drº se o pode atender. Não gosto , não está certo. Pois há muita coisa que não está certo, só ontem estavam 25 à espera dele. Lá para baixo só é preciso dizer que não quer ir. Mas a marcação? Isso só por telefone julgo eu diz-me o muito atarefado e mais preocupado ainda director.
Se o atendimento telefónico for como aqui estou bem arranjado nunca mais tenho consulta, resmungo já a prever as cenas do próximo filme. E é para isto que o srºe eu descontamos todos os meses 11% ,ao menos que eles sirvam para ao menos atender o telefone. Ofendeu-se. Isso não, os 11% não são para isso, essas coisas chateiam-me, todos temos direito a ser atendidos , seja quem for , mas só a partir das 14horas .
Não dá para mais, então a partir de dia um tenho que ligar para Eça de Queiroz e rezar para que me atendam o telefone e que tenha consulta com o drº.È assim.? Eu também tenho dúvidas, já os avisei mas é o que temos…responde-me resignado á sua impotência e á sua incapacidade de me dar qualquer garantia de que vá ter um serviço melhor ainda que por mínimas que sejam as melhoras.
Olhe que dava um bom artigo de jornal, vou pensar nisso. E acha que eles não sabem, eles sabem de tudo, não admitem ninguém..Boa tarde e obrigado.

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por guerrilheiro às 16:21

Terça-feira, 19.07.11

factos e fair play

Numa campanha em que até houve debates de todo o tipo ,em que até se debateram casos de “asfixia democrática” todos puderam espalhar as suas ideias da forma que entenderam.
Não tenho conhecimento de casos de alguma gravidade em que alguma força politica tenha sido impedida de fazer o que quer que fosse.
Então se os resultados foram o que foram será que os eleitores são todos estúpidos, não souberam apreciar e dirigir a sua aprovação para outras propostas porque?

Ao ler a imprensa local e regional pós-eleições autárquicas fácilmente nos deparamos com textos de quem não tendo saído vencedor vem agora apresentar as suas razões normalmente manifestando um mau perder enorme e uma falta de respeito ainda maior pela vontade do eleitorado.
Aos vencedores lançam numa segunda vaga as culpas pelo níveis de abstenção verificados como se delas estivessem totalmente isentos.
Terminam com juras solenes de uma oposição dura e feroz e atenta como se os eleitores ao votar como o fizeram não tivessem avaliado o trabalho por todos desenvolvidos ao longo do mandato.
Numa campanha em que até houve debates de todo o tipo ,em que até se debateram casos de “asfixia democrática” todos puderam espalhar as suas ideias da forma que entenderam.
Não tenho conhecimento de casos de alguma gravidade em que alguma força politica tenha sido impedida de fazer o que quer que fosse.
Então se os resultados foram o que foram será que os eleitores são todos estúpidos, não souberam apreciar e dirigir a sua aprovação para outras propostas porque?
Se todos puderam chamar a atenção dos eleitores como muito bem entenderam porque culpar só os vencedores pela abstenção? Porque não conseguiram que os abstencionistas não o fossem e neles tivessem depositado os votos a que tinham direito? Porque não mobilizaram, porque não souberam utilizar formas mais criativas de conseguir o voto, porque não se esforçaram mais e melhor? Acaso foram impedidos disso?
Será então que estão de boa fé quando deitam as culpas da abstenção para quem conseguiu mais votos que eles?
Para que o texto não se torne uma mera e barata análise eleitoral talvez tenha interesse em comparar o trabalho efectuado na campanha eleitoral pelos forças politicas ao menos na freguesia que mais conheço e daí aquilatar o porque dos resultados obtidos. Antes disso é bom deixar claro não enjeito nenhuma responsabilidade por algumas insuficiências quer no trabalho realizado durante o mandato quer durante a campanha eleitoral, umas por culpa própria outras por culpa das mais diversas entidades com que uma junta de freguesia tem de trabalhar.
Passemos aos factos ainda que aqui e ali possam ocorrer alguma omissão mas certamente sem grande importância no resultado final.
- A CDU apresentou um compromisso eleitoral com um programa para o concelho e para cada freguesia, com os nomes e fotos de todos os candidatos, e amplamente debatido por estes. Distribuiu esses documento porta a porta , pessoa a pessoa. Todos os dias andou na rua com a grande maioria da sua lista., lista essa composta por pessoas de todas as idades , de todos os locais da freguesia, todos recenseados na freguesia e com experiencia bem demonstrada. Animou a freguesia com um espectáculo de musica cubana e depois com a disponibilização para os mais pequenos de um insuflável, Efectuou jantares com os candidatos locais e concelhios, visitou e debateu ideias com as instituições e industria e comercio da freguesia.

-O PS apresentou uma lista com alguns candidatos que nem recenseados são na freguesia, apresentou um programa que pouco mais que nada dizia, e fizeram uma distribuição durante dois dias pelas ruas da freguesia. Efectuaram uma festa com animação musical e até contaram com alguns trabalhadores da CMB que por ali petiscaram durante o período normal de trabalho.

-O PSD apresentou uma candidata a cabeça de lista que nunca apareceu, e uma lista que dos 18 elementos possíveis só continha 12 e ainda assim 8 eram dos habitantes do mesmo bairro por sianl o mais pequeno da freguesia
Do programa eleitoral que distribuiram pelas caixas de correio destacava-se a vontade de construir balneários de apoio ao polidesportivo, balneários esses que já existem e em boas condições de funcionamento há pelo menos 8 anos e pela intenção de pura e simplesmente derrubar a escola existente recentemente pintada e beneficiada com diversos melhoramentos e um telheiro e construir uma nova.

-O BE sómente apareceu fugazmente na freguesia do final da tarde da 5ª feira anterior ás eleições e distribuíram alguns documentos, principalmente no centro da freguesia ,onde aparecia a foto do cabeça de lista ,e só este ,pelo que os eleitores nunca tiveram sequer a oportunidade de conhecer os candidatos á freguesia ao menos em fotografia. E foi tudo.
Curiosa e elucidativa uma cena a que assistimos no Barreiro protagonizada por duas das candidatas do BE. Chegaram ao pé de um eleitor e perguntaram:
”.-Aceita propaganda politica ou nem por isso?”
Resposta do eleitor :- Aceito, mas já tenho opção de voto:
-Então tá bem , não merece a pena .. E lá abalaram as senhoras alegres da vida sem darem nenhuma propaganda ao srº e sem o elucidarem o que quer que fosse e nem sequer tentarem perceber se a opção de voto seria por acaso no BE.
Sem qualquer ponta de prepotência, arrogância ou vaidade estas diferentes práticas falam por si, e os resultados também.
Estes são os factos como eu os vivenciei , os leitores farão os seus julgamentos e alguns articulistas ,em nome próprio ou das forças politicas que representam continuarão a mandar pedras aos telhados dos vencedores mas em boa verdade deviam era penitenciar-se pelo pouco ou mal que fizeram .
Dos números eleitorais nada avanço pois mesmo em localidades muito próximas eles divergem permitindo leituras diversas ainda que com o mesmo resultado final: a maioria absoluta da CDU , vejam-se os casos da Moita, Barreiro, Seixal etc.
Humildade, respeito pelo eleitorado e fair-play é que falta a alguns destes senhores e que não faltou por exemplo a Francisco Louça quando ao analisar os resultados eleitorais disse entre outras coisas:” -ainda temos muito a aprender…”

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por guerrilheiro às 16:20

Terça-feira, 19.07.11

Pior que o cego é o que não quer ver

alt="Pior que o cego é o que não quer ver
Por Joaquim Escoval" align="right" border="2" hspace="10" vspace="5" />É porque os trabalhadores ao longo dos anos não aceitaram as propostas patronais acerca da flexibilidade, da anualização do horário, do trabalho ao sábado á borla , da polivalência que a todos pretende transformar em PTO (paus para toda a obra).

Não é revisto o CCTV por que as associações patronais pediram a fase de conciliação do mesmo no ministério de trabalho e durante as reuniões havidas nesta fase negocial pediram a suspensão de quase 100% de todo o clausulado mesmo aquele com que já haviam concordado e ainda aquele em que a parte sindical aceitava que tivesse exactamente o mesmo texto da lei actual.

Criticaram e muito bem o código de trabalho do Bagão Felix.
Depois alcançaram o poder e contrariando as promessas eleitorais logo trataram de rever esse Código de Trabalho introduzindo-lhe toda uma panóplia de alterações que só vem dificultar a vida aos trabalhadores e não lhe trazendo por isso mais quaisquer benefícios , antes pelo contrário.
Apesar de toda a contestação fizeram aprovar essa nova legislação laboral e remeteram-na ao presidente da república que lá conseguiu encontrar matéria para remeter ao tribunal constitucional e este por unanimidade considerou um dos artigos inconstitucional.
Por sinal o artigo que permitia tão somente que os empresários os patrões ou os investidores ,como quisermos, contratassem um trabalhador e o tivessem a titulo experimental durante 180 dias, 6 meses. Depois é fácil de ver, não serves, vais embora e como estavas a período experimental não tens direito a nada nem a qualquer indemnização. Porreiro pá, comparado com os direitos actuais mesmo com os que herdámos do Bagão Felix só quem não quer ver é que não vê como os trabalhadores daí sairiam prejudicados e como isto faria aumentar a precariedade no emprego.
Democratas como não se cansam de afirmar apressaram-se a dizer que aceitam as decisões do TC e que vão resolver a questão com a máxima urgência mesmo que até os deputados do CDS/PP lhes proponham mais um aprazo de três meses para que o mundo do trabalho “se possa adaptar aquilo com que vão levar na cabeça”.
Que não, que tem que ser com urgência pois isso é vital para os trabalhadores afirmou o srº deputado Strech Monteiro na AR em 8/1/09. Que muitos sindicatos ligados á CGTP esperam por este código para verem assinados as respectivas contratações colectivas nomeadamente a do sector automóvel.
São mentirosos .
O CCTV do sector automóvel só não foi revisto por que a determinada altura ,e após longas negociações e quando todo o clausulado já havia merecido acordo de ambas as partes só faltava a associação patronal apresentar as tabelas salariais que fossem quais fossem seriam aceites pela comissão negociadoras sindical uma vez que os salários já eram superiores ás mesmas, as associações patronais(AIMA; ANECRA e ACAP) deram o dito por não dito preferindo esperar por uma legislação que melhor lhes servisse os seus interesses que não os dos trabalhadores. E ela aí está pela mão de um partido socialista cujo secretário geral nos quer fazer crer ter uma politica de esquerda mas que neste como em muitos outros capítulos acaba objectivamente por fazer pior do que a direita já havia feito ou não se atrevera a fazer . Não é por falta deste código de trabalho que o sector automóvel não vê revisto o seu CCTV.
È porque os trabalhadores ao longo dos anos não aceitaram as propostas patronais acerca da flexibilidade, da anualização do horário, do trabalho ao sábado á borla , da polivalência que a todos pretende transformar em PTO (paus para toda a obra). Não é revisto o CCTV por que as associações patronais pediram a fase de conciliação do mesmo no ministério de trabalho e durante as reuniões havidas nesta fase negocial pediram a suspensão de quase 100% de todo o clausulado mesmo aquele com que já haviam concordado e ainda aquele em que a parte sindical aceitava que tivesse exactamente o mesmo texto da lei actual.
Suspenderam tudo e pediram no final do ano transacto que se passasse á fase seguinte, a fase de mediação. E isto perante um arbitro nomeado pelo ministério do trabalho que se tem mostrado incapaz de impor a própria lei este código é vital para os trabalhadores.
È tão vital que durante o ano de 2008 se realizaram manifestações por todo o pais contra esta legislação e algumas contaram com a presença de cerca de 200mil trabalhadores.
Viram mas não quiseram ver.
São piores que cegos .
O chumbo de apenas uma das cláusulas desta lei do PS fez já com que a lei não entrasse me vigor em 1 de Janeiro com pretendiam ,inflingindo assim uma clara derrota ao PS/ Sócrates , mas esta guerra não acaba aqui , saibam os deputados cumprir com as suas obrigações e peçam a verificação sucessiva da constitucionalidade da lei pois o que não falta é matéria mereça nela as mais sérias dúvidas a começar pelo artº 4º que acaba com o principio da aplicação disposição mais favorável até á possibilidade poderem ser assinados acordos menos favoráveis que a própria lei.
Bagão Feliz viu por direito próprio o seu nome ligado ao Código de Trabalho mas o PS verá infelizmente para todos nós para todo o sempre a sua sigla ligada ao piorar da legislação labora e dos direitos dos trabalhadores nela consagrada á pressa com que quer fazer a vontade ás entidades patronais e ás mentiras que usa para alcançar esse seu objectivo.
Vital ,realmente vital para os trabalhadores teria sido que cumprissem as suas promessas de criar 150 mil postos de trabalho e ter criado as condições para que não se verificassem os encerramentos e os milhares de despedimentos a que todos os dias assistimos.
Isto sim todos vemos e não queríamos ver por que não somos piores que cegos.

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por guerrilheiro às 16:19

Terça-feira, 19.07.11

independencias e interferencias

Independências e interferências
Por Joaquim Escoval

alt="Independências e interferências
Por Joaquim Escoval
" align="right" border="2" hspace="10" vspace="5" />O que realmente os incomoda é que haja trabalhadores da Autoeuropa que se organizam e reúnam a nível partidário como se isso não fosse um direito constitucional.
O que os incomoda é que trabalhadores da Autoeuropa frequentem cursos de formação ideológica como se isso não acontecesse em todos os partidos, pelo menos nos que tem ideologia, veja-se as “universidades de verão” do PS ou do PSD.

Num mundo globalizante em que a inetrdependencia impera entre tudo e entre todos há um oásis de autonomia pura ,límpidas , transparente, branca mais branca não há.
È pelo menos isso que procuram fazer-nos crer quando alguns escrevem sobre a CT da Autoeuropa como é o caso dos textos publicado pelo Rostos versando esta CT e a interferência partidária.
Importa sacudir a areia dos olhos e mirar o oásis com uma visão mais clara.
Quem tanto apregoa a independência face a partidos não é o mesmo que foi deputado Eleito pelo bloco de esquerda?
Não é a mesma pessoa que afirmou por várias vezes que o BE tem um projecto sindical alternativo?
Não é o mesmo várias vezes convidou membros da CT e da CS da Autoeuropa para almoçar em restaurantes próximos da Autoeuropa com delegações do BE chefiadas pelo seu secretário geral?
Não é ainda a mesma pessoa recebeu ao portão principal da AE logo ás 7 da manhã o Francisco Louçã no dia da greve geral mesmo a tempo de aproveitar o mediatismo da vinda de Manuel Carvalho da Silva secretário geral da CGTP e falando pelos cotovelos quando havia participado na decisão que o porta voz seria o coordenador da CS , Faleiro, já que a greve geral era de iniciativa sindical?
Não faz parte sempre da mesma lista com o mesmo núcleo duro de pessoas do BE?
Não participou em anos transactos na marcha pelo emprego promovida pelo BE?
Quem pode acreditar que nestas e em muitas outras ocasiões não tenha ouvido ou emitido opiniões e não tenha tentado alinhar estratégias e tácticas de acordo com os interesses e calendário do partido a que aderiu?
Acreditar que haja quem acredite que assim é difícil muito difícil ,mas parece que há quem consiga pelo menos, na Faurecia e na Benteler.
Tanta coisa merecedora de reparos que há por esse mundo e estes articulistas do Rostos parecem não ter outra preocupação que não atacar o PCP quese preocupa contudo em organizar os trabalhadores, informá-los assiduamente, aumentar-lhes a força para poderem resistir melhor a esta brutal ofensiva do sistema capitalista.
Ou haverá alguém que no seu perfeito juízo ache que sozinho consegue vencer este sistema que hoje impera no mundo e que nos faz a vida tão negra?
Podiam escrever sobre as guerras que grassam no mundo, o avanço da SIDA, da exploração infantil, do desemprego, da fome que mata milhões, das desigualdades sociais que se acentuam a cada dia que passa, a falta de acesso á educação, á saúde á justiça por parte de muitos milhões de humanos e até sobre coisas mais caseiras, aperda do poder de compra dos trabalhadores da AE,e aumento da precariedade que se sente na empresa.

Mas não.
O que realmente os incomoda é que haja trabalhadores da Autoeuropa que se organizam e reúnam a nível partidário como se isso não fosse um direito constitucional.
O que os incomoda é que trabalhadores da Autoeuropa frequentem cursos de formação ideológica como se isso não acontecesse em todos os partidos, pelo menos nos que tem ideologia, veja-se as “universidades de verão” do PS ou do PSD.
Ainda por cima mentem quando tentam adivinhar a frequência desses cursos bem menor com o que apregoam.
O que os incomoda ainda é que trabalhadores da Autoeuropa publiquem regularmente as suas opiniões e as façam distribuir aos trabalhadores muitas vezes trazendo á luz do dia resultados da empresa que até deveriam ser usados para justificar a mobilização dos trabalhadores para reinvindicar aumentos de acordo com o aumento da riqueza ,da poupança e das expectativas de futuro geradas e outras situações que se não fosse desta forma não chegariam ao conhecimento publico, já que alguns preferem tratá-las no silêncio dos gabinetes.
O que os incomoda é que haja trabalhadores que tem a consciência e lutam coerentemente não contra as empresas, não contra as chefias, não contra pessoas mas contra politicas e contra o sistema capitalista.
O que os incomoda é que semanalmente os trabalhadores se possam juntem não “para serem arrebanhados para irem para instalações partidárias para lhes fazerem a cabeça” mas para falar do que calhar em torno duma qualquer bebida ou petisco nas “gordas” na Portagem, na Vilas da Serra, na Penalva, noutro qualquer bar dos muitos frequentados pelos trabalhadores da AE sempre ás claras sem qualquer opacidade ou paranóia.
Que dizer duma pessoa que no seu texto diz que a lei proíbe que os dirigentes sindicais sejam dirigentes partidários exactamente para evitar a promiscuidade entre partidos e sindicatos e no entanto apresentou um abaixo assinado com 12 assinaturas á direcção do seu sindicato a exigir ser eleito para o conselho nacional da CGTP sabendo todos nós que era ou acabava de ser e ainda poderá voltar a ser deputado pelo BE ?
Parafraseando essa pessoa diria que “é mau , muito mau mesmo”.
E a esta promiscuidade a que se refere só é válida para os sindicalistas , ele também é delegado sindical, ou também serve para quem trabalha nas CT´s.
Terão estas estruturas alguma espécie de imunidade a que os sindicatos não conseguem escapar?
Em democracia temos de aceitar que quem quiser emita as suas opiniões sejam elas quais forem.

Um capitão de Abril até disse um dia” a asneira é livre em Portugal”.
Temos de aceitar até que trabalhadores se preocupem com outros trabalhadores que preferem lutar, discutir, decidir e actuar de uma forma mais organizada e mais colectiva.
Se outros preferem achar que pensando sózinhos pensam melhor, que assim interpretam e representam melhor os interesses da classe a que pertencem tudo bem na mesma. Tudo é aceitável “na boa”
Agora que nos tentem comer por parvos é que não, calar cada vez que alguém se lembra ,e lembram-se muitas vezes de atacar só um lado da barricada, e logo o lado onde naturalmente deviam estar é que não.
Como diz o ditado popular “bem prega o frei Tomás, faz o que ele diz não faças o que faz”


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por guerrilheiro às 16:17



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